terça-feira, agosto 05, 2014

ALERTA:....Vírus Ebola: ameaça à saúde pública mundial?

Youssouf Bah/AP
freetown África.
pessoas com uma febre hemorrágica aguda, sendo que destas 427 morreram. Os
dois surtos foram investigados por equipes multiprofissionais de especialistas sob
a coordenação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Todos os aspectos
relacionados com a doença foram objeto de minuciosos estudos, incluindo as
manifestações clínicas, alterações laboratoriais e, sobretudo, a identificação do
agente causador daquela gravíssima doença que havia provocado uma taxa de
letalidade de aproximadamente 70%. Posteriormente, os especialistas concluíram
que se tratava de um novo vírus, cujo nome surgiu em decorrência do rio
chamado Ebola, existente na aldeia Yambuku, localizada no Zaire/República
Democrática do Congo e onde teve início a segunda epidemia, sendo a nova
doença denominada Febre Hemorrágica pelo vírus Ebola.
De 1976 até o momento foram registrados cerca de 20 importantes surtos
da doença, todos em países da África. O surto que está ocorrendo na Guiné,
Libéria e Serra Leoa nos dias atuais é, de longe, o mais grave de todos. Na última
semana de julho corrente a Organização Mundial da Saúde informou que o surto
registrado nestes três países havia acometido 1.323 pessoas, sendo que 729
delas faleceram, o que representa uma taxa de letalidade de 55%.
Ao longo de quase quarenta anos de estudos sobre a dinâmica de
ocorrência da doença, muitos aspectos sobre as formas de transmissão do vírus,
manifestações clínica e métodos diagnósticos foram esclarecidos.
A introdução do vírus Ebola entre seres humanos geralmente ocorre por
contato com órgãos, sangue, secreções e fluidos corpóreos de animais silvestres
infectados. Segundo a OMS, há diversas evidências de infecções associadas à
manipulação de primatas não humanos, antílopes, porcos- espinhos e morcegos
frutívoros (que comem frutas) infectados e que tinham sido encontrados doentes
ou mortos em florestas. A partir daí, a cadeia para a disseminação do vírus
assume perfil mais intenso, pois passa a ocorrer de pessoa a pessoa por contato
direto ou indireto. No mecanismo direto, há o contato de mucosas e pele com
solução de continuidade com órgãos, sangue, urina, suor, leite materno e sêmen
(onde pode permanecer por até dois meses), dentre outros fluidos corpóreos de
pessoas infectadas; na segunda opção, pode acontecer o contato indireto com
materiais contaminados por esses fluidos. Essa diversidade de fontes potenciais
de infecção, juntamente com a existência de precárias condições de vida e frágeis
sistemas de saúde têm gerado sentimentos de perplexidade e incertezas quanto
aos desdobramentos possíveis para a atual epidemia.
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